Um prédio com apartamentos de alto padrão à beira-mar, e num dos endereços mais caros do Brasil, em Balneário Camboriú, será totalmente demolido para dar lugar a um novo empreendimento imobiliário. Todos os 16 andares do edifício Ivo Agostinho Roveda, que fica na Barra Sul, foram comprados pela construtora Embraed, em um negócio cujas cifras são mantidas em absoluto sigilo.

Questionada pela coluna, a construtora confirmou a transação em uma nota, mas não trouxe detalhes sobre o projeto futuro:

“A Embraed confirma que o Edifício Ivo Agostinho Roveda foi totalmente adquirido e que o mesmo será demolido para a construção de um empreendimento que será lançado futuramente”.

O que se sabe, no entanto, é que se trata de um negócio multimilionário. Até poucos meses atrás, os apartamentos no Ivo Agostinho Roveda eram anunciados no mercado por preços entre R$ 4,5 milhões e R$ 9 milhões. Um aluguel, no mesmo prédio, saía por R$ 16 mil mensais.

Em anúncios que ainda persistem nos sites das imobiliárias, é possível saber que o prédio – agora vazio – tem piscina, academia, sauna e salão de festas. A construção foi entregue no ano 2000 e já tinha passado por uma reforma.

A construtora Embraed já é proprietária de um terreno ao lado do edifício. Com a demolição, que ainda não tem data para ocorrer, poderá incorporar todo o potencial construtivo da área do prédio antigo no novo empreendimento.

Esta não será a primeira vez que um prédio vai ao chão na Avenida Atlântica para dar lugar a outro mais novo. Mas é certamente o mais alto edifício já demolido à beira-mar.

O caso mais recente foi o do Hotel Vila do Mar, que também ficava na Avenida Atlântica, na região Central. Vendido à construtora FG, o hotel, que fica na esquina com a Rua 1900 – no coração da cidade, em meio ao burburinho do Centro, dará lugar a um novo arranha-céu.

A demolição de imóveis mais antigos à beira-mar é uma tendência que deve aumentar em Balneário Camboriú, diante da escassez de terrenos na Avenida Atlântica. A cidade, que está em primeiro lugar na lista do metro quadrado mais caro do Brasil, já não possui mais áreas ociosas na orla, onde estão os imóveis mais caros – e os mais cobiçados pelos investidores.

 

Fonte: NSC Total

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